Notícia postada originalmente em: http://revistapegn.globo.com/Tecnologia/noticia/2017/11/5-tendencia-da-inteligencia-artificial-para-2018.html
A ideia de robôs e de máquinas que interagem com seres humanos já não nos parece tão surreal como era há alguns anos atrás. Aos poucos, a inteligência artificial vem sendo uma tecnologia adaptada e utilizada em diversos setores da humanidade, possibilitando que usuários vivenciem melhores experiências ao experimentar produtos e serviços.
Se essa tecnologia só tende a ganhar aperfeiçoamentos e se tornar cada vez mais disruptiva, quais serão, então, os próximos caminhos que a inteligência artificial irá seguir? O executivo James Paine, fundador da agência de investimento californiana West Realty Advisors, California, decidiu tentar prever as tendências dessa tecnologia em um artigo no portal Inc. Confira o que Paine diz que podemos esperar para o ano de 2018:
1. Linguagem mais humana
Uma das grandes dificuldades que se tem para utilizar a inteligência artificial é a dificuldade que máquinas e computadores têm para entender a linguagem humana. Figuras de linguagem, expressões e diferentes formas de formar frases são formas naturais que utilizamos para nos comunicar no dia a dia, mas que máquinas, restritas a comandos específicos, não conseguem compreender.
Conforme empresas passam a apostar em chatbots em seus sites e aplicativos, a necessidade de se construir uma inteligência artificial mais acostumada ao modo de falar humano se torna uma questão fundamental. Um exemplo é o que o Google tem feito. Já em 2015, a inteligência artificial da empresa era capaz de conversar sobre o significado da vida com seus usuários.
2. Reconhecimento de emoção
Assim como as palavras que se usam para formar discursos, os indivíduos também expressam emoções em seus diálogos. Sarcasmo, tristeza, ironia ou felicidade são nuances perceptíveis em conversas de humanos, mas incompreensíveis pelas máquinas.
Porém, conforme a inteligência artificial vem ganhando aperfeiçoamentos, essa barreira de comunicação talvez não exista mais entre humanos e máquinas no futuro. Recentemente, prestadores de saúde mental vem desenvolvendo chatbots que podem atuar como conselheiros, de forma que eles são capazes de entender as emoções e guardar os históricos de interações com os usuários. Exemplo disso é o chatbots de psicoterapia chamado Karim, que já foi usado para tratar de pacientes que sofrem de estresse pós-traumático.
3. Aperfeiçoamento na análise de dados
Além da inteligência artificial, o big data também é um termo muito recorrente na atual sociedade e quem vem sendo explorado como forma de entender padrões de clientes e consumidores, aumentando o potencial de negócios. É interessante perceber que, conforme as máquinas ficam mais inteligentes, a forma que elas podem perceber e analisar dados se torna mais eficaz. Isso tende a revolucionar a maneira como iremos interagir com dados nos próximos anos.
4. Mais debates sobre a ética da IA
Quando o assunto de inteligência artificial é trazido à tona, com frequência, se questiona se as máquinas são capazes de pensar a partir de morais e éticas humanas. Ou seja, se um robô cometer um crime acidental, quem deverá ser punido? A empresa que o adquiriu ou o desenvolvedor do algoritmo? O robô deve ser destruído ou punido por conta de suas ações?
Enquanto não se tem respostas universais para esses questionamentos, algumas empresas nos EUA e em outros países vem desenvolvendo entidades jurídicas próprias para definir os direitos e responsabilidades de seus robôs.
5. Fim de teorias da conspiração
Filmes e teorias sobre como a inteligência artificial iria roubar empregos de todos seres humanos e que ela seria capaz de resolver todos os problemas da humanidade caem por terra. Apesar de todos seus avanços, a indústria da IA ainda está vivendo um processo inicial e as chances de que os robôs dominem o mundo são escassas. À medida que a sociedade se acostumar com a IA e compreendê-la melhor, essa visão e excitação para com os robôs irá desaparecer e a tecnologia ficará restrita a conversas com propósitos de resolver problemas reais.