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A queda da taxa Selic proporciona uma grande oportunidade para o investimento em ações, conforme comentamos em posts anteriores (oportunidades com a queda da taxa de juros e onde investir com a queda da taxa de juros). Se você já está convencido disso, provavelmente sua dúvida seja entre investir diretamente (você mesmo compra as ações na bolsa através de uma corretora), ou através de um Fundo (você coloca seu dinheiro em um fundo e o gestor do fundo escolhe e realiza as operações).

Listamos abaixo 8 motivos que demonstram porque um fundo pode ser a melhor opção:

1. Dedicação e conhecimento técnico:

Você vai ter tempo e para se dedicar à essa nova atividade? Tem conhecimento sobre este tipo de ativo? Qual será sua estratégia de investimento?

O fundo é gerido por profissionais, que pensam e trabalham com isso em período integral. Pense na sua profissão e imagine se um leigo poderia fazer o seu trabalho tão bem quanto você.

2. Escolha do ativo:

O que você deve comprar? Depois de abrir sua conta numa corretora, você deve escolher uma empresa cujas ações deverá comprar. Como você faria isso?

Muitos cometem o equívoco de escolher uma empresa com a qual já tenham tido alguma interação: já adquiriu seus produtos ou serviços ou foi funcionário dela. Mas isso não é suficiente, pois uma boa empresa não necessariamente é um bom investimento.

Você pode comprar uma ótima empresa sem a margem de segurança adequada, conforme explicamos num post anterior, o que implica em correr riscos. Além disso, você acha que é possível um “leigo” conhecer com a profundidade necessária em torno de 30 empresas diferentes (10 do portfólio mais suas concorrentes)? E, acredite, uma equipe de gestão de um fundo de investimentos entende com bastante profundidade de um grupo de empresas que supera, e muito, essas 30.

3. Quando comprar?

Você consegue analisar de forma real se uma ação está cara ou barata? Como você poderá determinar a Margem de Segurança de um Investimento? Essa margem é a diferença entre o Valor Intrínseco (real valor da empresa, ou seja, quanto ela realmente vale) e preço de mercado (preço pelo qual ela é negociada na BM&FBovespa).

Na gestão do Luminus FIA escolhermos empresas que possuam alta margem de segurança, pois isso mitiga o risco. Achamos que é muito improvável que um investidor pessoa física “comum” consiga aprofundar sua análise ao ponto de conseguir fazer esses cálculos. Em outras palavras, ao optar por investir diretamente, você pode estar incorrendo num risco bem superior ao que você poderia supor.

4. Quando vender?

Imaginando a hipótese que você consiga fazer as análises acima descritas, você também deverá se decidir quando deverá vender uma determinada posição. E isso acontece em duas situações:

1) Você comprou acertadamente uma ação, seu preço subiu e a margem de segurança se estreitou. Nessa situação, está na hora de vender, pois caso contrário você estará aumentando sua exposição ao risco;

2) Você estava equivocado numa tese de investimentos (ou seja, o valor intrínseco que você originalmente imaginou para uma empresa era superior àquele que os resultados operacionais dessa empresa lhe mostraram com o passar do tempo). Quando isso acontece, a margem de segurança pode ser inexistente.

5. Como medir os resultados?

Se você investe diretamente em ações é fundamental que você meça os seus resultados. Quando se tem apenas uma ação na carteira que “carrega” por bastante tempo, essa tarefa parece fácil. No entanto, se consideramos que possivelmente o investidor médio terá algumas ações simultaneamente em seu portfólio, as quais podem ser vendidas e trocadas por outras posições, a complexidade do controle e aferição do resultado aumenta muito.

Acreditamos que são raros os investidores em ações que tenham a disciplina de manter esses cálculos. Assim, como saber se a carteira está rendendo o esperado? Como comparar sua performance com a de um gestor profissional? Investir num fundo apresenta essa vantagem, pois a performance é facilmente medida, uma vez que o valor da cota é calculado diariamente. Além disso, o próprio gestor divulga mensalmente o relatório com a performance do fundo. No caso do Luminus FIA, você pode acompanhar diariamente o desempenho do seu investimento através do site da Órama, nossa distribuidora parceira.

6. Impostos

Conforme explicamos num post anterior, a legislação vigente proporciona uma vantagem tributária aos cotistas de fundo de ações, uma vez que prevê o diferimento do IR sobre o ganho de capital. Explicando melhor, depois que você fizer o investimento no fundo, você só pagará o IR sobre o ganho quando resgatar os recursos. Durante o período que o seu dinheiro ficar investido não haverá pagamento de qualquer imposto. Assim, os ganhos são integralmente reinvestidos, o que proporcionam mais ganhos, uma verdadeira bola de neve. Essa mesma vantagem não é proporcionada àqueles que investem diretamente em ações.

7. Facilidade no pagamento do IR.

Dando continuidade ao item anterior, quando há o resgate de um fundo ações você recebe os recursos líquidos de pagamento de IR. O imposto devido é calculado e recolhido pelo administrador do fundo (não confundir com o gestor do fundo, conforme explicamos nesse post). Quando se investe diretamente em ações o processo de recolhimento de impostos é bem mais complicado, pois primeiramente há necessidade do preenchimento de um DARF da Receita Federal para, em seguida, se pagar o tributo.

8. Custos menores.

Como o patrimônio de um fundo de investimento é superior ao do patrimônio da maioria dos investidores individuais, o fundo consegue condições comerciais que a pessoa física média não conseguiria. Isso proporciona custos operacionais menores aos fundos, o que acaba por impactar positivamente sua performance quando comparado com aquelas dos investidores individuais.

Como acreditamos que investir em ações é uma forma (a melhor delas) de acumular poupança, só faz sentido você pensar em obter resultados significativos no longo prazo. Acreditamos que as maiores chances disso acontecer é investindo em fundos e não comprando diretamente ações. Além disso, a maior parte daqueles que investem diretamente não contabilizam os resultados obtidos ao longo do tempo. Se o fizessem, desistiriam de ter carteira própria e investiriam num fundo. Pensamos ser quase impossível uma pessoa física alcançar, com uma carteira própria, a mesma rentabilidade dos bons fundos de ações. Aqueles que conseguiram provavelmente já se tornaram gestores profissionais.

Assim, penso que os poupadores devem procurar um profissional quando desejam investir em ações. Quando estamos doentes procuramos um médico e se temos uma questão jurídica para resolver, consultamos um advogado. A diferença com investimentos é que as pessoas podem aplicar seus recursos sozinhas, mas não deveriam fazê-lo.