Notícia publicada originalmente em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/01/30/economia/1517320821_596729.html

Criptomoeda mais popular do mundo já tem mais que o dobro de investidores da Bolsa de São Paulo no Brasil

Já faz alguns meses que a empregada doméstica Benedita Prado, de 48 anos, começou a se familiarizar com a palavra bitcoin. No círculo familiar e de amigos não eram poucas as pessoas que contavam estar investindo na moeda criptografada. “Para ser sincera, eu entendo mais ou menos o que é o bitcoin, só sei que ele rende muito mais do que a poupança. Mas sei que é arriscado, é como se fosse jogar na loto. Sei que podemos perder tudo”, explica Benedita, que junto com o marido resolveu investir 4.000 reais em bitcoins. “Resolvi tirar um dinheiro da minha poupança que não estava rendendo nada. Até agora está dando tudo certo” , conta.

Ela faz parte da ascensão meteórica do bitcoin, que desde no ano passado fez o número de investidores brasileiros em criptomoedas dar um salto e ultrapassar o total de pessoas físicas cadastradas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Não é para menos, em 2017 o ativo digital valorizou 1.400%, despertando o interesse dos mais diversos investidores. A criptomoeda começou o ano valendo menos de mil dólares (3.300 reais) e atingiu sua maior cotação pouco antes do natal, chegando a 19.300 dólares (63.690 reais). As três maiores casas de câmbios de bitcoin – chamadas exchanges -, onde ocorrem cerca de 95 % das transações da criptomoeda no país, tinham cadastradas 1,4 milhões de pessoas em dezembro. Mais que o dobro de pessoas registradas na bolsa de São Paulo, que no fim do ano, possuía 619 mil pessoas físicas.

Nas últimas semanas, no entanto, a criptomoeda mais popular do mundo começou a apresentar consecutivas quedas, expondo mais uma vez sua volatilidade. Ainda que o valor do bitcoin tenha caído quase para a metade – atualmente cotado a cerca de 10.000 dólares – o interesse pela moeda continua, segundo as casas de câmbio, que seguem cadastrando novos usuários.

“A queda faz parte. Se algo só valorizasse que seria estranho. Não me preocupa”, explica o bancário Tiago, que investe em bitcoins desde o fim de 2015. Na avaliação dele, a criptomoeda está numa fase de supervalorização muito suscetível à especulação. “Houve uma corrida por bitcoins, mas na primeira queda forte que a moeda deu, as pessoas começaram a vender desesperadamente. É muito mais uma reação do mercado do que uma desvalorização do ativo”, explica.

Em 2016, quando viu que o montante que tinha aplicado em bitcoins tinha valorizado 600%, Tiago resolveu tirar parte do dinheiro ganho. Mas agora pretende deixar o ativo parado e ver o que pode conseguir no longo prazo. Além de uma oportunidade de ganho financeiro, o bancário acredita que a tecnologia do bitcoin é revolucionária e só tende a crescer. “A chegada das criptomoedas fizeram os bancos começarem a pensar diferente. O sistema de block chain (vejo no quadro abaixo) vai ajudar o sistema financeiro como um todo”, diz.

Assim como acontece em momentos de baixa de aplicações tradicionais, especialistas no setor não recomendam aos investidores de bitcoins se desfazerem agora da atual carteira, já que há risco de amargar prejuízos. O momento é de ter sangue frio e observar o movimento da moeda.

Já faz alguns meses que a empregada doméstica Benedita Prado, de 48 anos, começou a se familiarizar com a palavra bitcoin. No círculo familiar e de amigos não eram poucas as pessoas que contavam estar investindo na moeda criptografada. “Para ser sincera, eu entendo mais ou menos o que é o bitcoin, só sei que ele rende muito mais do que a poupança. Mas sei que é arriscado, é como se fosse jogar na loto. Sei que podemos perder tudo”, explica Benedita, que junto com o marido resolveu investir 4.000 reais em bitcoins. “Resolvi tirar um dinheiro da minha poupança que não estava rendendo nada. Até agora está dando tudo certo” , conta.

Ela faz parte da ascensão meteórica do bitcoin, que desde no ano passado fez o número de investidores brasileiros em criptomoedas dar um salto e ultrapassar o total de pessoas físicas cadastradas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Não é para menos, em 2017 o ativo digital valorizou 1.400%, despertando o interesse dos mais diversos investidores. A criptomoeda começou o ano valendo menos de mil dólares (3.300 reais) e atingiu sua maior cotação pouco antes do natal, chegando a 19.300 dólares (63.690 reais). As três maiores casas de câmbios de bitcoin – chamadas exchanges -, onde ocorrem cerca de 95 % das transações da criptomoeda no país, tinham cadastradas 1,4 milhões de pessoas em dezembro. Mais que o dobro de pessoas registradas na bolsa de São Paulo, que no fim do ano, possuía 619 mil pessoas físicas.

Nas últimas semanas, no entanto, a criptomoeda mais popular do mundo começou a apresentar consecutivas quedas, expondo mais uma vez sua volatilidade. Ainda que o valor do bitcoin tenha caído quase para a metade – atualmente cotado a cerca de 10.000 dólares – o interesse pela moeda continua, segundo as casas de câmbio, que seguem cadastrando novos usuários.

“A queda faz parte. Se algo só valorizasse que seria estranho. Não me preocupa”, explica o bancário Tiago, que investe em bitcoins desde o fim de 2015. Na avaliação dele, a criptomoeda está numa fase de supervalorização muito suscetível à especulação. “Houve uma corrida por bitcoins, mas na primeira queda forte que a moeda deu, as pessoas começaram a vender desesperadamente. É muito mais uma reação do mercado do que uma desvalorização do ativo”, explica.

Em 2016, quando viu que o montante que tinha aplicado em bitcoins tinha valorizado 600%, Tiago resolveu tirar parte do dinheiro ganho. Mas agora pretende deixar o ativo parado e ver o que pode conseguir no longo prazo. Além de uma oportunidade de ganho financeiro, o bancário acredita que a tecnologia do bitcoin é revolucionária e só tende a crescer. “A chegada das criptomoedas fizeram os bancos começarem a pensar diferente. O sistema de block chain (vejo no quadro abaixo) vai ajudar o sistema financeiro como um todo”, diz.

Assim como acontece em momentos de baixa de aplicações tradicionais, especialistas no setor não recomendam aos investidores de bitcoins se desfazerem agora da atual carteira, já que há risco de amargar prejuízos. O momento é de ter sangue frio e observar o movimento da moeda.

Na avaliação de Marcos Henrique, a reação dos investidores depende muito da experiência que eles já possuem com o mercado. Clientes mais antigos já estão mais acostumados com as oscilações. Para Henrique, a volatilidade da moeda, entretanto, não significa que não se deve investir em bitcoin, mas é importante uma educação financeira para que a pessoa aplique na criptomoeda um dinheiro compatível ao seu perfil. “A curto prazo o bitcoin pode continuar caindo, mas se você fizer um planejamento financeiro disposto a correr risco, você pode fazer um pequeno investimento. O mínimo na Foxbit é 250 reais. Em 5 anos, talvez você transforme 250 reais em 2.500. Mas é claro que não recomendamos vender um carro ou uma casa para investir em bitcoins”, explica.