Notícia postada originalmente em: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/30/internacional/1509342694_812567.html
O iPhone X, criado para celebrar o décimo aniversário do smartphone, está cercado de expectativas. Será lançado na sexta-feira, por quase 4.000 reais, segundo o mercado, e por enquanto em poucas unidades.
Desde o anúncio durante o mês de setembro, quando pudemos testá-lo rapidamente, foram bem poucos os privilegiados que o usaram. A Apple evita vazamentos e cuida detalhadamente do lançamento de cada produto. É uma das marcas registradas da empresa, tanto que tomou uma decisão drástica no final de semana: demitir um funcionário imprudente.
Tudo começou quando Brooke Amelia Peterson, uma adolescente do Vale do Silício, publicou no YouTube um vídeo de cinco minutos indo comprar cosméticos com o iPhone X de testes de seu pai. Também foi à empresa em Cupertino para comer pizzas com ele no Café Macs, o mítico e exclusivo refeitório da empresa.
O vídeo desapareceu de seu perfil, mas ela criou um em que chora e explica a situação justificando a decisão da Apple: “Quando você trabalha na Apple, não importa se é uma boa pessoa. Se você não seguir as regras, não há margem de tolerância. Fizeram o que precisavam fazer”.
O que precisavam fazer significa despedir seu pai, um engenheiro que trabalhou no iPhone X. Um dos pontos mais perigoso para a Apple não é o fato da jovem ter usado o aparelho em público, mas ter exibido sua tela por 45 segundos, mostrando como é o funcionamento do celular e como sua câmera funciona.
A Apple é tão cuidadosa com sua privacidade que faz com que seus fornecedores assinem acordos de privacidade, coloca nomes em código nos projetos e possui uma equipe de segurança e investigação para acompanhar os vazamentos até descobrir o furo.